domingo, 9 de novembro de 2014

Conservando o Apetite Sob o Controle da Razão




Cristo foi nosso exemplo em todas as coisas. Ao vermos Sua humilhação na prolongada prova e jejum no deserto, para vencer em nosso favor as tentações do apetite, devemos tomar para nós esta lição, quando somos tentados. Se o poder do apetite é tão forte na família humana, e a condescendência com ele tão tremenda que o Filho de Deus Se sujeitou a semelhante prova, quão importante, então, que sintamos a necessidade de conservar o apetite sob o controle da razão! Nosso Salvador jejuou quase seis semanas, a fim de que pudesse ganhar para o homem a vitória sobre o apetite. Como podem professos cristãos, de consciência esclarecida, e tendo a Cristo diante deles como modelo seu, como podem eles ceder à condescendência com esses apetites que têm influência enervante sobre a mente e o coração? É fato penoso que presentemente os hábitos de satisfação própria a expensas da saúde e do enfraquecimento do poder moral, estão mantendo nos laços da escravidão grande parte do mundo cristão.

Muitos que professam piedade não indagam da razão do longo jejum e dos sofrimentos de Cristo, no deserto. Sua angústia não foi tanto por sofrer as ânsias da fome, como por Sua intuição do terrível resultado, para a raça humana, da condescendência com o apetite e a paixão. Sabia Ele que o apetite seria o ídolo do homem, e o levaria a esquecer-se de Deus, obstruindo-Lhe diretamente o caminho da salvação.
ME V.1, 284.


 
 As faculdades morais são debilitadas porque homens e mulheres não querem viver em obediência às leis da saúde, e fazer deste grande assunto um dever pessoal. Os pais transmitem a seus descendentes seus próprios hábitos pervertidos, e doenças repulsivas corrompem o sangue e debilitam o cérebro. A maioria dos homens e das mulheres permanece na ignorância das leis de seu ser, condescendendo com o apetite e a paixão, com prejuízo do intelecto e da moral; e parecem dispostos a permanecer na ignorância do resultado de sua violação das leis naturais. Satisfazem o pervertido apetite no uso de venenos lentos, que corrompem o sangue e minam as forças nervosas, trazendo, consequentemente, doença e morte sobre si. Seus amigos chamam o resultado dessa conduta de dispensação da Providência. Com isto eles insultam o Céu. Rebelaram-se contra as leis da Natureza, e sofreram a punição deste abuso. Sofrimento e mortalidade prevalecem agora em toda a parte, principalmente entre crianças. Quão grande é o contraste entre esta geração e os que viveram durante os dois primeiros mil anos! CE 10.



 Deve ser mantido perante o povo que o justo equilíbrio das faculdades mentais e morais depende em alto grau da devida condição do sistema fisiológico. Todos os narcóticos e estimulantes não naturais que enfraquecem e degradam a natureza física tendem a abaixar o tono do intelecto e da moral. A intemperança jaz à base da depravação moral do mundo. Pela satisfação do apetite pervertido, perde o homem seu poder de resistir à tentação.CBV 335.