Em Defesa do Adventismo Histórico



Prezado (a) Irmão (ã):

Que a graça de Cristo Jesus esteja contigo.
Sabemos que o movimento adventista do sétimo dia, que originou-se da pregação inicialmente efetuada por Guilherme Miller relativamente a profecia das 2300 tardes e manhãs do capítulo 8 de Daniel, foi conduzido por Deus a um desapontamento, cumprindo a profecia de Apocalipse 10, em 1844. Após este evento, o movimento prosperou pela direção de Cristo, e ganhou corpo, até organizar-se oficialmente em 1863, dando origem à denominação de nome “Igreja Adventista do Sétimo Dia”. Assim, é possível pelas profecias verificar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) foi levantada por Deus para cumprir a função de exaltar o estandarte divino dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus, a fim de preparar um povo que permaneça em pé no dia do Senhor. A IASD teve o privilégio de receber mensagens na forma de testemunhos dados por Jesus diretamente do Céu através da irmã Ellen G. White. Tais testemunhos conduziram a IASD, durante o período de toda a vida desta irmã, que se estendeu até 1915. 

Por volta do ano de 1904 a IASD passou por uma crise doutrinária envolvendo diversos médicos e pastores liderados pelo Dr. J. H. Kellogg que apresentou teorias panteístas. O livro “Living Temple” (Templo Vivo) de autoria do Dr. Kellogg, defendia que como Deus habita em cada um de nós através de seu Espírito, então cada um possuía um deus interior. Sobre isto a serva do Senhor escreveu: 

“No livro Living Temple acha-se apresentado o alfa de heresias letais. Seguir-se-á o ômega, e será recebido por aqueles que não estiverem dispostos a atender a advertência dada por Deus. ... Living Temple encerra o alfa dessas teorias. Eu sabia que o ômega seguiria dentro de pouco tempo; e tremi pelo nosso povo. Sabia eu que devia advertir nossos irmãos e irmãs a que não entrasse em controvérsia em relação a presença e personalidade de Deus.” Ellen G. White, Mens. Escolhidas, Vol. 1, págs. 200 e 203.

Note-se que a apostasia da igreja adventista denominada ALFA era relativa a questão da divindade, e que está apostasia veio da liderança (mais de 200 pastores deixaram a igreja), e a serva do Senhor afirmou: 

“Temos agora perante nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais assustadora.” Ibidem, pág. 197. 

Mas qual seria a natureza da apostasia ômega? A serva do Senhor esclarece: 

 “Sabia eu que devia advertir nossos irmãos e irmãs a que não entrasse em controvérsia em relação a presença e personalidade de Deus.” Ibidem, pág. 203. Ellen G. 

White deixou bem claro que a apostasia ômega era referente a personalidade de Deus. Vamos identificar essa apostasia mas adiante. Observe o testemunho abaixo, que foi dado por Jesus a sua serva em 1855. Nele podemos observar que Jesus afirmou que a verdade estava clara, ou seja, que o fundamento da verdade estava já estabelecido firmemente.
“A verdade agora é tornada tão clara que todos a podem ver, e abraçar, se quiserem; mas foi necessário muito trabalho para trazê-la à luz como está, e tão árduo labor jamais terá de ser realizado outra vez para tornar a verdade clara.” Ellen G. White, MS 2, 26 de agosto de 1855 

No ano de 1904, quase cinqüenta anos mais tarde, Jesus confirmou em outro testemunho dado a sua mensageira que as verdades que estavam estabelecidas desde 1855 e até então haviam sido cridas e pregadas durante 50 anos, não deveriam ser mudadas: 

“’Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntei pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele.’ Jer. 6:16. Não procure ninguém remover os alicerces de nossa fé – os alicerces lançados no princípio de nossa obra, pelo piedoso estudo da Palavra e pela revelação. Sobre estes alicerces temos estado a construir nestes cinquenta anos passados. Poderão os homens supor que tenham achado um novo caminho, e sejam capazes de lançar um alicerce mais firme do que o já lançado. Mas isto é grande engano. “Homem nenhum poderá pôr outro fundamento além do que já foi posto.” Ellen G. White, Adventist Review and Sabbath Herald, 03/03/1904; Testemunhos Seletos, Vol. 3, págs. 273 e 274.

A pergunta que fazemos então é: que verdade era está? No que criam os adventistas? Criam eles em Deus, o Pai, e em Seu Filho Jesus Cristo? Ou criam eles em uma Trindade? Qual era a luz revelada por Deus a eles sobre este ponto? Onde podemos encontrar esta verdade? O testemunho de Jesus dado a Ellen G. White no ano de 1905 nos informa onde podemos encontrar esta verdade que foi dada por Ele aos pioneiros do movimento adventista: 

Quando o homem vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito, deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, passo a passo no caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.” Ellen G. White, 24 de maio de 1905 – Manuscript Release, Vol. 1, pág. 55.
Considerando o que diz o testemunho de Jesus, através de sua serva acima, que os artigos dos pioneiros deveriam ser reimpressos para que os homens não se desviassem do fundamento que Deus deu, em obediência a este testemunho, transcrevemos alguns destes artigos dos pioneiros, publicados na Review and Herald (Revista Adventista americana), juntamente com as cópias escaneadas dos originais.






 
Tradução:
“A grande falta da Reforma foi que os reformadores pararam de reformar. Se tivesse levado avante, não teriam deixado nenhum vestígio do papado atrás, tal como a natural imortalidade, batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo, e a igreja agora estaria livre de erros escriturísticos.” JAMES WHITE, The Review and Herald, 07 de fevereiro de 1856.
Nota: James (Tiago) White, esposo de Ellen G. White, foi presidente da Conferência Geral da IASD, por três mandatos.




 
Tradução:
“...está tão longe da verdade como a velha e absurda doutrina trinitariana na qual diz que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno.” J. N. ANDREWS, The Advent Review, 5 de agosto de 1852.

 


Tradução:
Sustentar a doutrina da Trindade, não é mais que uma evidência da intoxicação pelo vinho que todas as nações beberam. O fato dessa ser uma das principais doutrinas, senão a principal, pela qual o bispo de Roma foi exaltado ao papado, não recomenda muito em seu favor. Isto deveria fazer alguém investigar por si mesmo, como quando os demônios fazem milagres para provar a imortalidade da alma. Se eu nunca duvidei antes, agora eu tenho que ir até o fundo para provar...” R. F. COTTRELL, Advent Review, 6 de julho de 1869.  

Nota: O pastor Cottrell era redator da Revista Adventista, e foi quem preparou as primeiras lições da Escola Sabatina da IASD. 

“As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me tem entristecidos.” Guilherme C. White (filho de Ellen G. White), trecho da carta escrita pelo pastor Guilherme em 30 de abril de 1935, ao pastor H. W. Carr.  

Seguindo a mesma lógica, vamos transcrever a posição da Bíblia Sagrada sobre o assunto em questão: 

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:03.
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as cousas, e nós também, por ele.” I Coríntios 8:06.
“Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:05.
“Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai Ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” João 20:17.
Vimos a pouco que Ellen G. White havia advertido os adventistas para que não entrassem em controvérsia sobre o tema “Divindade”, porque isto significaria questionar o que já estava revelado. Infelizmente, a história nos mostra que já em 1919, apenas quatro anos após a morte de Ellen G. White, houve uma grande discussão sobre o tema “Divindade” durante um Congresso Bíblico em São Francisco, Califórnia; onde muitos defendiam a manutenção da posição que permanecia desde 1903:  

“Os pontos fundamentais de nossa fé da forma como cremos hoje foram firmemente estabelecidos.” (Ellen G. White, MS 135, 1903).
Entre estes pontos estava a crença no único Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai; e um outro grupo de delegados que defendiam o reestudo deste tema, buscando introduzir uma nova doutrina (Trindade). Em 1925, uma série de reuniões através dos US feitos pelo professor e historiador da Universidade Andrews, o pastor LeRoy E. Froom, defende o estabelecimento da doutrina da trindade na IASD. O pai da trindade na IASD, revela em seu livro
que foi buscar a doutrina da trindade em autores não denominacionais. 

“Não existiam prévias pegadas em nossos livros e literaturas. Eu fui obrigado a pesquisar em livros fora da nossa fé.LeRoy E. Froom, Movement of Destiny, pág. 322 
Em 1931, numa reunião de portas fechadas e sem autorização, quatro administradores da IASD, decidem publicar no Year Book a doutrina da trindade. Em 1940, começa uma “limpeza” nos livros da igreja, especialmente nos livros de Ellen G. White e Urias Smith. Essa limpeza foi para incluir a doutrina da trindade nos seus escritos. O professor de história da Andrews University, George R. Night, conta em seu livro “Em Busca de Identidade”, pág. 16 (CASA Publicadora Brasileira), as mudanças que ocorreram no adventismo:

“Muitos dentre os fundadores do adventismo não se uniriam à igreja hoje, se eles tivesses que subscrever as crenças fundamentais da denominação. Mais especialmente, muitos deles não concordariam com a crença nº 2, a qual trata da doutrina da Trindade. Semelhantemente, os pioneiros adventistas ficariam perturbados com a crença nº 4, que fala da eternidade e divindade de Cristo. Tampouco poderiam, alguns dos primeiros dirigentes adventistas concordar com a crença nº 5, relacionada com a personalidade do Espírito Santo.” 

Conferir no mesmo livro, nas páginas, 157 à 160, a “limpeza” nos livros da IASD para incluir a doutrina da Trindade. 

Em 1980, foi aprovada a doutrina da trindade na IASD. Na Conferência Geral realizada em Dallas (Texas), o pastor e vice-presidente Neil Wilson da Associação Geral dos adventistas do sétimo dia, temendo as discussões que a mudança para trindade poderia ocasionar, maquinou um plano para a doutrina da trindade ser aprovada na forma de um livro com mais de 450 páginas (Nisto Cremos/ CPB).
A partir de 1980 por ordem da Divisão Sul Americana, começaram a cortar todos os membros que se declaram contra a doutrina da trindade. Milhares de adventistas já foram expulsos da IASD em todo o Brasil.
Veja o que encontramos no livro “A Trindade” (CPB), na pág. 221: “Os pontos de vista da igreja finalmente mudaram porque os adventistas chegaram a uma compreensão diferente da evidência bíblica.”
Ora irmão (ã), o pastor LeRoy E. Froom confessa que foi buscar informações sobre a Trindade em outras fontes por não ter encontrado nada nos livros da igreja. Os autores do livro “A Trindade” confessam que os pontos de vista da igreja finalmente mudaram porque os adventistas chegaram a uma compreensão diferente da evidência bíblica. Como poderemos aceitar uma doutrina que não possui nenhum amparo, tanto na Bíblia como nos escritos da irmã Ellen G. White? Inclusive a irmã White nunca usou a palavra trindade (tradução da palavra em inglês “trinity”) nos seus escritos, mas sim Divindade (tradução para o inglês é “Godhead”). A própria IASD, através de uma publicação oficial “The Trinity in Scripture”, no ano de 1999, informou que: “A palavra Trindade nunca existiu nos escritos de Ellen G. White.” É mais uma prova de que os escritos da serva de Deus foram adulterados, para insinuar que ela em algum momento acreditou nesta doutrina.
Vejamos a posição de Ellen G. White sobre o Espírito Santo:
“Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares pessoalmente, então foi para vantagem deles que Ele deveria deixá-los, ir para o Pai, e enviar o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na terra. O Espírito Santo é Ele mesmo, despido da personalidade da humanidade e independente dela. Ele Se representaria como estando presente em todos os lugares pelo Seu Espírito, como o Onipresente. ‘Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o
Pai enviará em meu nome [embora não seja visto por vós], esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito’ [João 14:26]. ‘Mas eu vos digo a verdade; convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei’ [João 16:07].” Ellen G. White, Manuscript Releases, Vol. 14, pág. 23 e 24.
“Cristo prometeu o Dom do Espírito Santo a Sua igreja, e essa promessa nos pertence, da mesma maneira que aos primeiros discípulos.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 672.
“Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 671. 

Existem inúmeros textos da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White que comprovam que o Espírito Santo é o Espírito de Deus, o Pai, e o Espírito de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Perguntamos então:
- Se a igreja adventista publicou em sua principal revista, Review and Herald, durante 50 anos, artigos que afirmavam que a doutrina da “trindade” faz parte do vinho de Babilônia; 

- Se de acordo com os testemunhos os pontos principais da fé, mantidos durante estes 50 anos, estavam firmemente estabelecidos e não deveriam ser mudados; - Se os crentes estavam em harmonia quando a sua crença, após estes 50 anos passados; Quem estava interessado em fazer a mudança doutrinária na Igreja Adventista do Sétimo Dia, fazendo com que ela abandonasse sua doutrina original sobre a Divindade e passasse a crer na Trindade?
“O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra neste últimos cinqüenta anos, seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente.” Ellen G. White, Mens. Escolhidas, Vol. 1, pág. 204 e 205. Ler com atenção Gálatas 1:06-12 e Deuteronômio 28:14.

O testemunho acima revela que era a intenção de Satanás introduzir na mente dos adventistas que uma reforma devia ser efetuada entre os adventistas do sétimo dia, para renunciar as doutrinas já estabelecidas. Satanás conseguiu o seu objetivo na IASD? Sim, Satanás obteve sucesso em conseguir o que queria. Hoje vemos a IASD publicando na Revista Adventista artigos defendendo a doutrina da Trindade. Facilmente podemos verificar que foi escrito ”livros de ordem diferente”, para defender a doutrina da trindade; foram escritos livros como “A Vinda do Consolador”, de Leroy E. Froom, e mais recentemente, “A Trindade”, escrito por três doutores da universidade adventista – Andrews University. Estes livros são de ordem diferente se comparados aos artigos escritos pelos pioneiros e publicados durante 50 anos na Revista Adventista (Review and Herald), que afirmavam que a doutrina da trindade fazia parte do vinho de Babilônia e não tinha base bíblica. Portanto, concluímos que, obviamente, a doutrina da IASD foi mudada.

Prezado (a) irmão (ã), qual é o seu veredicto? Algumas provas já lhe foram apresentadas, embora existam muitas outras. Qual será sua decisão? Do lado da verdade (Bíblia Sagrada e dos Pioneiros do movimento adventista), ou do lado da liderança da IASD? Não estamos convidando você para sair da IASD. Hoje, nossa amada IASD, vive uma crise de identidade como nunca viveu em toda a sua história; na verdade, estamos beirando o abandono completo da fé Adventista do Sétimo Dia, por parte da imensa maioria de nossos membros. E em nome de Jesus, que um dia levantou os adventistas como povo para pregar as três mensagens angélicas, rogamos a você que convide os irmãos da igreja a voltarem à crença dos nossos pioneiros, ao fundamento da Palavra de Deus. Oramos para que o Deus Eterno conduza a sua decisão ao lado da verdade.

“O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo.” I João 1:03
Apoio: ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA HISTÓRICOS DE FLORIANÓPOLIS